Como a elastografia hepática ajuda a diagnosticar esteatose hepática não-alcóolica

Dados apontam que até 35% da população mundial pode ter a doença, que acomete principalmente pessoas obesas

Você já ouviu falar em esteatose hepática não-alcoólica? A condição é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no fígado de pessoas que consomem pouco ou nenhum álcool. Isso pode ocorrer devido a uma combinação de fatores, como obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2, dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue) e síndrome metabólica.

A esteatose hepática não-alcoólica ser assintomática em muitos casos, mas em outros pode causar inflamação hepática (esteato-hepatite não-alcoólica, ou NASH), que pode progredir para fibrose, cirrose e até câncer de fígado em casos graves.

Como diagnosticar esteatose hepática não-alcoólica?

Inicialmente, o diagnóstico para esteatose hepática não-alcoólica geralmente é feito através de exames de sangue para verificar a função hepática e marcadores de inflamação. Os exames de imagem – como ultrassom e até ressonância, ajudam a avaliar o acúmulo de gordura no fígado”, explica Dr. Armênio Mekhitarian, médico radiologista e Instituto Avançado de Imagem (IAI).

Uma das formas de diagnosticar a doença é através da elastografia hepática, uma técnica não-invasiva e altamente precisa. Ao contrário de métodos tradicionais, como a biópsia hepática, que podem ser desconfortáveis e arriscados, a elastografia utiliza ondas sonoras para medir a rigidez do tecido hepático.

Na esteatose hepática, o fígado tende a tornar-se mais rígido devido ao acúmulo de gordura e inflamação. Portanto, a elastografia é capaz de detectar essa rigidez anormal, fornecendo ao médico uma indicação clara da presença e gravidade da esteatose hepática. Essa técnica não só permite um diagnóstico preciso, mas também é útil para monitorar a progressão da doença ao longo do tempo, ajudando os médicos a ajustar os planos de tratamento conforme necessário.

O tratamento da esteatose hepática não-alcoólica geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, perda de peso gradual e exercícios físicos regulares.

Em casos mais graves, podem ser prescritos medicamentos para controlar os níveis de gordura no sangue ou para tratar a resistência à insulina. Em casos avançados, podem ser necessários cuidados médicos mais intensivos para prevenir complicações graves.

Embora os sintomas possam ser sutis ou até mesmo ausentes nos estágios iniciais, a condição pode progredir silenciosamente ao longo do tempo.

Isso torna o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da esteatose hepática não-alcóolica desafiadores, mas de extrema importância para evitar complicações graves.

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Fontes:

Dr. Armênio Mekhitarian – Diretor Clínico do Instituto Avançado de Imagem – Médico Radiologista – CRM SP 59.512

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