Elastografia hepática: uma revolução no diagnóstico da esteatose e fibrose hepática
Elastografia hepática permite diagnósticos precisos de doenças hepáticas sem a necessidade de métodos invasivos
Você já ouviu falar em esteatose? Conhecida como fígado gorduroso, a doença ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Essa alteração pode levar à inflamação e, eventualmente, à fibrose hepática, que é a formação de tecido cicatricial no fígado devido a danos contínuos. A fibrose, se não tratada, pode progredir para cirrose, comprometendo a função hepática e aumentando o risco de complicações graves.
Um dos principais diagnósticos para a doença é a partir de um exame chamado elastografia hepática, que pode diagnosticar várias condições hepáticas, incluindo esteatose hepática (fígado gorduroso), fibrose hepática, cirrose hepática, hepatite crônica e até carcinoma hepatocelular (câncer de fígado).
Como funciona a elastografia hepática?
A elastografia hepática é um exame não invasivo que utiliza ondas para medir a rigidez do fígado. Durante o procedimento, um transdutor é colocado sobre a pele do paciente na área do fígado. Este dispositivo emite ondas sonoras que viajam através do tecido hepático: a velocidade com que essas ondas retornam ao transdutor é analisada para determinar a elasticidade do fígado. “Fígados saudáveis são mais elásticos, enquanto os fígados afetados por fibrose ou esteatose são mais rígidos”, explica Dr. Armênio Mekhitarian, médico radiologista e diretor técnico do Instituto Avançado de Imagem (IAI).
“A elastografia hepática é como um ‘ultrassom com superpoderes’, pois além de imagens, conseguimos dados precisos sobre a elasticidade do tecido hepático, o que é crucial para o diagnóstico correto”, diz.
Para quem a elastografia hepática é indicada?
A elastografia hepática é recomendada para pacientes que apresentam fatores de risco ou sintomas de doenças hepáticas. Entre os principais grupos de risco estão:
– Indivíduos com suspeita de esteatose hepática
– Pacientes com hepatite B ou C crônica
– Pessoas com histórico de consumo excessivo de álcool
– Pacientes obesos ou com síndrome metabólica
– Indivíduos com diabetes tipo 2
Elastografia x biópsia
Tradicionalmente, a biópsia hepática tem sido o método padrão para avaliar a gravidade das doenças hepáticas. Embora eficaz, a biópsia é invasiva, requerendo a inserção de uma agulha no fígado para coletar uma amostra de tecido. Esse procedimento pode causar dor, desconforto e, em alguns casos, complicações, como sangramentos. Em contraste, a elastografia hepática oferece uma alternativa não invasiva, rápida e sem necessidade de recuperação pós-procedimento. Além disso, a elastografia pode ser repetida regularmente para monitorar a progressão da doença sem riscos adicionais ao paciente.
Dr. Mekhitarian acrescenta: “A elastografia hepática não só facilita a detecção precoce de várias doenças hepáticas, mas também permite monitorar a progressão dessas condições ao longo do tempo, ajustando os tratamentos conforme necessário“.
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Fontes:
Dr. Armênio Mekhitarian – Diretor Clínico do Instituto Avançado de Imagem – Médico Radiologista – CRM SP 59.512 / RQE 45534
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