O que o ultrassom morfológico ajuda a diagnosticar?

O exame atua na detecção precoce de anomalias congênitas, malformações e outras condições que podem impactar o desenvolvimento saudável do feto

Você já ouviu falar no ultrassom morfológico? O exame altamente especializado proporciona uma visão detalhada da anatomia fetal, permitindo uma avaliação minuciosa do desenvolvimento embrionário e fetal.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a realização do ultrassom morfológico é recomendada entre a 20ª a 24ª semana de gestação. Neste período, as estruturas anatômicas do feto já estão suficientemente desenvolvidas para uma análise detalhada, mas ainda não é tarde demais para intervenções ou tomadas de decisão médicas relevantes.

Um dos principais benefícios do ultrassom morfológico é a detecção precoce de anomalias congênitas, proporcionando aos profissionais de saúde a oportunidade de planejar estratégias de cuidado e intervenções médicas precoces, quando necessário.

O exame não apenas identifica malformações estruturais, mas também contribui para a avaliação de órgãos vitais, como o coração, sistema nervoso central e aparelho urinário:

  • Cardiopatias congênitas: o ultrassom morfológico permite uma análise detalhada das estruturas cardíacas, auxiliando na detecção precoce de malformações cardíacas, como defeitos no septo e anomalias na formação das válvulas.
    Anomalias no sistema nervoso central: malformações no sistema nervoso central, como espinha bífida e hidrocefalia, podem ser identificadas durante o exame.
  • Malformações renais: o aparelho urinário fetal é cuidadosamente avaliado, possibilitando a detecção de malformações nos rins e no trato urinário, fornecendo informações cruciais para o planejamento do tratamento.
  • Síndrome de Down e outras trissomias: o ultrassom morfológico contribui para a identificação de marcadores associados a síndromes genéticas, incluindo a síndrome de Down, permitindo aconselhamento genético e preparação para o cuidado do recém-nascido.
  • Malformações do sistema esquelético: o exame possibilita a detecção de malformações ósseas, como a acondroplasia, e ajuda a avaliar o comprimento dos ossos, proporcionando informações sobre o desenvolvimento esquelético fetal.
  • Defeitos na parede abdominal: anomalias como a gastrosquise, onde os órgãos abdominais se projetam para fora do corpo fetal, podem ser identificadas, permitindo a preparação para intervenções cirúrgicas após o nascimento.

O ultrassom morfológico desempenha um papel crucial na prevenção e no manejo de possíveis complicações durante a gestação. A capacidade de visualizar em tempo real as estruturas fetais permite uma tomada de decisão mais informada, garantindo um acompanhamento mais seguro da saúde fetal”, explica o Dr. Armênio Mekhitarian, médico radiologista e diretor técnico do Instituto Avançado de Imagem (IAI).

Além da detecção de anomalias, o ultrassom morfológico também fornece informações sobre o crescimento fetal, a localização da placenta e o volume de líquido amniótico, aspectos essenciais para avaliar a saúde global do feto. “Essas informações podem ser vitais para a orientação do plano de cuidados e, em casos específicos, para a indicação de procedimentos médicos adicionais”, diz.

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Fontes:

Dr. Armênio Mekhitarian – Diretor Clínico do Instituto Avançado de Imagem – Médico Radiologista – CRM SP 59.512

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